Nódulo no fígado: condição pode ocorrer após quadros de hepatite e cirrose

nódulos no fígado

 

Um nódulo no fígado pode ser uma condição benigna ou maligna. Na maioria das vezes assintomáticos, esses nódulos são frequentemente detectados em exames de rotina.   
 
O tratamento varia conforme a causa e pode envolver acompanhamento, cirurgia ou transplante. Continue a leitura para saber detalhes sobre os tipos de nódulos, quais são os riscos e como é feito o diagnóstico.   

 

Nódulo no fígado: o que é?  

O nódulo no fígado é uma alteração no órgão que se caracteriza pelo aparecimento de uma massa ou crescimento anormal no tecido hepático. Muitas vezes, esses nódulos são identificados durante exames de imagem de rotina, como ultrassonografias e tomografias.  

Embora a maioria dos nódulos no fígado não seja motivo de preocupação, é fundamental acompanhá-los, pois alguns podem indicar condições mais graves. 

 

Tipos de nódulos no fígado 

Os nódulos no fígado podem ser classificados de acordo com sua origem e características. Entre os principais tipos estão:  

  • Nódulos benignos: trata-se de lesões que não são câncer, sendo os mais comuns o hemangioma hepático, hiperplasia nodular focal e os adenomas hepáticos (embora este último possa apresentar potencial de se tornar maligno). 

  • Nódulos malignos primários: são tumores cancerígenos, como o carcinoma hepatocelular, que pode surgir em pessoas com cirrose hepática ou outras doenças hepáticas crônicas.  

  • Metástases hepáticas: nódulos formados pela disseminação de cânceres provenientes de outros órgãos, como o de intestino, pulmão ou mama.  

 

Possíveis causas    

Os nódulos no fígado podem ocorrer devido a diversas causas, nem sempre claramente evidentes. 

No caso do hepatocarcinoma, é mais comum que surja em pacientes portadores de doenças hepáticas crônicas, como a hepatite viral e a cirrose. O consumo excessivo de álcool também é um fator de risco, pois pode prejudicar o fígado e aumentar as chances de cirrose e tumores.  

Alguns tipos de nódulos benignos têm relação com uso de hormônios, incluindo anticoncepcionais. 

  

Riscos   

Embora a maioria dos nódulos no fígado seja benigna, é essencial determinar seu tipo exato para avaliar os riscos envolvidos. Nódulos malignos, como o carcinoma hepatocelular, têm o potencial de se espalhar para outras áreas do corpo, tornando o tratamento mais complexo.   

 Além disso, nódulos que indicam metástases hepáticas podem sinalizar a presença de câncer em outros órgãos, o que necessita de uma investigação mais aprofundada.

 

Sintomas de um nódulo no fígado   

Os nódulos no fígado geralmente não causam sintomas, o que pode dificultar a detecção precoce da condição. No entanto, em estágios mais avançados, podem surgir sinais como dor abdominal ou sensação de distensão no lado direito do abdômen, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), perda de peso sem explicação aparente, cansaço excessivo, além de náuseas e vômitos.  

 

Exames indicados   

Para confirmar a presença de nódulos no fígado e avaliar suas características, diversos exames podem ser indicados. Entre eles, destacam-se:   

  • Ultrassonografia abdominal: identifica a presença de nódulos e sua estrutura.  

  • Tomografia computadorizada: oferece visualização mais detalhada e auxilia na distinção entre nódulos benignos e malignos.  

  • Ressonância magnética: proporciona imagens ainda mais precisas para identificar nódulos complexos.  

  • Elastrografia hepática: técnica que avalia a rigidez do fígado e pode auxiliar no diagnóstico de fibrose/cirrose associada. 

  • Exames laboratoriais: complementam a avaliação incluindo sorologias, marcadores tumorais e provas de função hepática. 

  • Biópsia hepática: geralmente realizada quando o diagnóstico é incerto, para analisar as células do fígado e determinar se o nódulo é benigno ou maligno.  

  

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Formas de tratamento para nódulos no fígado   

O tratamento para nódulos no fígado depende do tipo e da causa. Nódulos benignos podem ser monitorados com exames regulares, enquanto nódulos associados a doenças hepáticas, como hepatite ou cirrose, podem exigir medicamentos.   

Quando os nódulos causam sintomas ou apresentam risco, pode ser indicada cirurgia. Já os nódulos malignos podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou ablação por radiofrequência. Em casos específicos, o transplante hepático pode ser necessário.  

 

 Quando procurar um médico?   

 É importante que a pessoa procure um hepatologista caso apresente sintomas como dor abdominal, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), perda de peso inexplicada, cansaço excessivo, náuseas ou vômitos.   

 Além disso, indivíduos com histórico de doenças hepáticas crônicas devem realizar acompanhamento médico regular, incluindo exames de imagem para vigilância de lesões.

 

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Fonte: Dra. Natália Trevizoli - hepatologista