As doenças do coração - como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral - são a principal causa de morte no Brasil. E o colesterol LDL é um dos principais fatores de risco para o problema. Portanto, não é de se estranhar que 40% da população adulta brasileira apresente níveis aumentados de colesterol, incluindo o LDL. Continue a leitura para saber detalhes dos riscos do colesterol LDL alterado, as causas e como prevenir.
Colesterol LDL: o que é?
O colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) é uma substância transportada pelo sangue que leva o colesterol do fígado para as células do corpo, onde é utilizado para várias funções essenciais, como a produção de hormônios e a formação das membranas celulares.
No entanto, quando os níveis de LDL estão elevados, ele pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas de gordura.
Por que o colesterol LDL é conhecido como colesterol ruim?
O colesterol LDL é frequentemente chamado de "colesterol ruim" porque, quando presente em excesso no organismo, ele tende a se acumular nas paredes das artérias.
Esse acúmulo forma placas de gordura, que podem endurecer e estreitar os vasos sanguíneos, prejudicando o fluxo adequado de sangue. Esse processo é conhecido como aterosclerose e pode levar a complicações graves, como infartos e acidentes vasculares cerebrais.
Esse risco elevado de obstrução das artérias é o que torna o colesterol LDL prejudicial à saúde.
Riscos do colesterol LDL alto
Conforme citado anteriormente, em excesso, o colesterol LDL pode fazer mal à saúde. Veja abaixo os principais riscos:
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Aterosclerose: o LDL em excesso pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas de gordura. Essas placas endurecem e estreitam as artérias, dificultando o fluxo sanguíneo.
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Doença arterial coronariana: o acúmulo de placas nas artérias coronárias (que irrigam o coração) pode reduzir o fornecimento de oxigênio para o músculo cardíaco, aumentando o risco de angina (dor no peito) e infarto do miocárdio.
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Acidente vascular cerebral (AVC): quando as artérias que fornecem sangue ao cérebro ficam obstruídas devido ao acúmulo de placas, pode ocorrer um AVC isquêmico.
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Doença arterial periférica: o acúmulo de LDL também pode ocorrer nas artérias que irrigam os membros (geralmente as pernas), causando dor, e em casos graves, pode levar à amputação.
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Infarto do miocárdio: quando uma placa de LDL se rompe, pode formar-se um coágulo que bloqueia completamente a artéria, causando um infarto.
Níveis altos de LDL ainda costumam estar associados a outros fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e obesidade. Por isso, as sociedades médicas costumam recomendar o acompanhamento dos níveis de colesterol como forma de prevenir doenças cardíacas.
Fatores que podem aumentar o colesterol LDL
O colesterol LDL pode aumentar devido a diversos fatores relacionados ao estilo de vida e condições de saúde.
Uma dieta rica em gorduras saturadas e trans eleva os níveis de LDL, assim como a ingestão elevada de colesterol presente em alimentos de origem animal.
Além disso, o sedentarismo e o tabagismo são fatores que podem desregular os níveis de colesterol e promover o aumento do LDL.
Outros fatores incluem predisposições genéticas, como a hipercolesterolemia familiar, que faz com que o corpo produza mais colesterol do que o necessário.
Por fim, algumas condições médicas, como diabetes, obesidade e hipotireoidismo, também estão associadas a níveis elevados de LDL.
Formas de controlar os níveis do colesterol LDL no organismo
Entre as formas de controlar os níveis de colesterol LDL estão:
Mudanças no estilo de vida
É importante ter uma alimentação mais saudável, que prioriza alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, e reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans. Isso inclui evitar alimentos como frituras, carnes gordurosas e produtos industrializados.
A prática regular de atividades físicas, como caminhar, nadar, andar de bicicleta ou praticar musculação, também ajuda a melhorar o perfil lipídico, reduzindo o LDL e aumentando o HDL (o “colesterol bom”).
Também é recomendável manter um peso adequado. Isso porque o excesso de peso e a gordura abdominal estão associados a alterações no LDL. E ainda é fundamental evitar o tabagismo (o cigarro contribui para o acúmulo de colesterol nas artérias) e o consumo de álcool.
Medicamentos
Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes para atingir os níveis recomendados, principalmente se o colesterol LDL está muito alto (geralmente acima de 190 mg/dL), o médico pode indicar o uso de medicamentos para reduzir estes níveis.
O tratamento medicamentoso também pode ser indicado a pacientes que já têm histórico de doenças como infarto, angina ou acidente vascular cerebral. E para aqueles com hipertensão, diabetes, histórico familiar de doenças cardíacas ou fumantes.
Os medicamentos para redução do colesterol são amplamente estudados e existe muita segurança no seu uso. Como todo medicamento, podem ocorrer efeitos colaterais, sendo fundamental a interação com o médico buscando alternativas caso isso ocorra. Hoje existem uma série de medicamentos com essa finalidade.
Exames indicados para acompanhar os níveis de colesterol
Para acompanhar os níveis de colesterol, o exame mais indicado é o perfil lipídico, que mede os níveis de LDL, HDL, colesterol total e triglicerídeos.
Além disso, é importante considerar os níveis de lipoproteína, que não estão incluídos no perfil lipídico. Altos níveis de lipoproteína estão associados a um maior risco cardiovascular e a sua dosagem pode ser incluída na avaliação, principalmente nos indivíduos de maior risco.
Além dos exames de colesterol, o médico pode considerar solicitar outros exames de check-up para avaliar a pressão arterial, histórico familiar e presença de doenças crônicas. Isso garante uma avaliação do risco cardiovascular geral.
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Autor: Dr. Rafael Vilanova Lima - médico cardiologista