Autora: Dra. Ligia Maria de Oliveira Machado, médica especialista em Alergia e Imunologia
Dor abdominal, inchaço, diarreia e até mesmo dor de cabeça. Estes são apenas alguns dos sintomas atribuídos a intolerância alimentar, condição comum que pode afetar de maneira significativa a qualidade de vida das pessoas, principalmente quando atinge níveis de deficiência nutricional.
Além da redução da absorção de nutrientes essenciais pelo organismo, a intolerância alimentar pode comprometer o sistema imunológico. Por isso, compreender a condição é fundamental para encontrar alívio e promover o bem-estar do indivíduo.
A seguir, veja detalhes sobre como é feito o diagnóstico, tratamento e quais médicos especializados podem te ajudar a lidar com esses sintomas.
O que é Intolerância alimentar?
A intolerância alimentar é uma resposta do organismo à ingestão de determinados alimentos. Como ele não consegue digeri-los corretamente, surgem alguns sintomas como alterações intestinais e inchaço abdominal.
Quais são os sintomas mais comuns de intolerância alimentar?
Os sintomas gastrointestinais são os mais prevalentes e frequentes no caso de uma intolerância alimentar. Alguns exemplos são:
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Dor abdominal;
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Inchaço;
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Distensão abdominal (acúmulo de gases no intestino);
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Flatulência;
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Diarreia.
De qualquer forma, é importante ressaltar que as manifestações clínicas da intolerância alimentar, em geral, podem envolver mais de um órgão ou sistema.
Qual a diferença entre a intolerância alimentar e alergia?
A intolerância alimentar inclui uma ampla gama de distúrbios relacionados à incapacidade do sistema digestivo de metabolizar diferentes alimentos.
Já a alergia alimentar é uma resposta anormal do sistema imunológico à exposição a um determinado alimento.
Quais são os alimentos que mais geram intolerância?
Os alimentos mais comumente associados às intolerâncias são:
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Chocolate;
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Aditivos alimentares (substâncias utilizadas em alimentos para melhorar características como validade e aparência);
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Frutas cítricas;
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Peixe;
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Moluscos;
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Leite;
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Queijo;
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Ovos;
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Nozes.
Qual médico devo procurar?
Os médicos que lidam com esse tipo de suspeita clínica incluem:
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Gastroenterologista: o profissional será capaz de ajudar a diagnosticar e tratar os distúrbios gastrointestinais associados à intolerância alimentar.
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Alergista: pode solicitar diferentes tipos de exames para identificar os alimentos que desencadeiam as alergias alimentares, tais como o teste cutâneo ou o exame de sangue, por exemplo.
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Nutrólogo: auxilia na restrição alimentar, fornecendo orientações individualizadas de alimentos que devem ser consumidos ou não.
No entanto, o tratamento pode ser multidisciplinar, ou seja, com a atuação dos especialistas em conjunto.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito com base no histórico clínico do paciente, que ainda é orientado a preencher um diário alimentar, com alimentos e bebidas consumidas, bem como os sintomas após a ingestão dos mesmos. Assim, o médico pode identificar a relação entre a ingestão e a intolerância.
Em alguns casos, exames complementares podem ser solicitados. Entre eles estão:
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Exames de sangue;
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Exames de fezes;
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Teste do ar expirado;
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Teste de provocação oral: feito com o próprio alimento;
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Biópsias (em determinados casos).
Como tratar intolerância alimentar?
Confira algumas abordagens de tratamento para a intolerância alimentar:
Restrição alimentar: algumas intolerâncias são transitórias. Por isso, restringir o alimento por um período, geralmente, é suficiente para a resolução do problema.
Exclusão alimentar da dieta: a retirada total ou parcial do alimento suspeito. Medida adotada para os casos mais graves de intolerância alimentar.
Administração de enzimas: em alguns casos, existe a possibilidade de administração de enzimas que auxiliam na digestão, como o caso do uso da lactase na intolerância à lactose.
Contudo, é fundamental um acompanhamento médico com profissionais qualificados e que se baseiam em evidências científicas para a escolha da melhor abordagem.
