Papilomavírus humano (HPV): o que é, prevenção e tratamento

papilomavirus humano

Autora: Dra. Adriana Bittencourt Campaner, médica ginecologista

 

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Com mais de 200 tipos diferentes, o papilomavírus humano (conhecido pela sigla HPV) é um vírus que infecta a pele e as mucosas da boca, dos genitais e da área anal.

Causa desde verrugas até câncer, dependendo do tipo do vírus. Muitas vezes, a condição não acarreta sintomas e o diagnóstico pode ser realizado durante consultas de rotina.

Continue a leitura para saber detalhes sobre o que é o papilomavírus humano, formas de tratamento e como prevenir.

 

O que é o papilomavírus humano (HPV)?

O papilomavírus humano, mais conhecido pela sigla HPV, é um grupo de vírus que infectam a região genital e outras áreas do corpo.

Há mais de 200 tipos diferentes de HPV e boa parte deles são transmitidos por meio do contato sexual. Estes vírus podem infectar a área genital, anal e oral.

Alguns tipos de HPV causam verrugas genitais e desconfortos, mas não oferecem riscos. No entanto, alguns tipos de HPV estão associados a um maior risco de desenvolvimento de câncer, especialmente o câncer do colo do útero.

 

Como ocorre a transmissão do papilomavírus humano?

O papilomavírus humano é transmitido principalmente por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas.

Portanto, é frequentemente transmitido durante o contato sexual, quando realizado sem preservativos.

Em alguns casos raros, uma mãe infectada transmite o HPV para o bebê durante a gestação e o parto.

 

Sintomas de infecção pelo papilomavírus humano

A maioria das infecções por papilomavírus humano não apresenta sintomas e a pessoa pode não saber que está infectada. Em alguns casos, podem surgir:

  • Verrugas genitais, anais, na boca ou garganta;
  • Formação de placas com verrugas juntas;
  • Aparecimento de manchas nos genitais;
  • Ardência na região da verruga;
  • Alterações no colo do útero;
  • Coceiras ou desconfortos na área genital;
  • Sangramento anormal durante ou após o sexo;
  • Saída de secreção vaginal anormal com odor ruim;
  • Infecções na boca e garganta.

 

Como é feito o diagnóstico?

Geralmente, o diagnóstico de HPV é realizado após o especialista analisar as lesões provocadas pelo vírus durante o exame clínico.

Na mulher são realizados exames laboratoriais que ajudam na prevenção e detecção precoce da infecção. São eles:

  • Papanicolau: exame que coleta células do colo do útero para detectar possíveis lesões pré-cancerígenas causadas pelo HPV.
  • PCR para HPV: exame que detecta o DNA do vírus nos genitais e alerta o médico que alguma lesão pode estar ocorrendo;
  • Colposcopia: utiliza um aparelho para ampliar o colo do útero, a vagina e a vulva para detectar possíveis lesões.

Em alguns casos, pode ser preciso realizar uma biópsia, ou seja, a retirada de uma pequena amostra de tecido da lesão para análise laboratorial e confirmação final do diagnóstico.

 

Formas de tratamento para o HPV

O tratamento do HPV varia de acordo com o tipo de lesão encontrada. De forma geral, indicam-se medidas terapêuticas para gerenciar os sintomas e as complicações associadas.

Entre as formas de tratamento para o HPV estão:

  • Remoção de verrugas genitais por meio de procedimentos, como crioterapia (congelamento das verrugas), laserterapia, aplicação de ácidos ou cirurgia.
  • Uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico a combater a infecção.

Vale destacar que, na maioria das vezes, o corpo consegue eliminar o vírus do organismo no período de um ou dois anos após a infecção.

 

Como prevenir a infecção pelo papilomavírus humano?

A vacina HPV é considerada a estratégia mais eficiente para prevenir a infecção por alguns dos tipos mais comuns e de alto risco do HPV.

Geralmente, a imunização é mais eficaz quando administrada antes do início da atividade sexual. Porém, ainda é benéfica em pessoas que já iniciaram a vida sexual.

A vacina nonavalente é recomendada para pessoas entre 9 e 45 anos e está disponível na rede particular.

Já a vacina HPV tetravalente é indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos e imunossuprimidos de 9 a 45 anos, estando disponível no SUS.

Além disso, estima-se que o uso de preservativo durante as relações sexuais ajude a prevenir cerca de 80% a transmissão do HPV.

 

 

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