Autor: Dr. Marcel Feitosa - cirurgião do aparelho digestivo
Os pólipos no intestino são pequenas protuberâncias que podem surgir em várias formas e tamanhos na parede interna do intestino.
De forma geral, eles são benignos, mas alguns podem causar o câncer colorretal. Continue a leitura para saber mais sobre as causas dos pólipos no intestino, exames diagnósticos e formas de tratamento.
Pólipos no Intestino: o que são?
Os pólipos no intestino são crescimentos anormais que se desenvolvem na mucosa do cólon ou do reto. Eles podem assumir diferentes formas e tamanhos. Embora muitos sejam benignos, alguns têm o potencial de se transformar em câncer colorretal ao longo do tempo.
A maioria dos pólipos intestinais não causa sintomas, tornando os exames de rastreamento, como a colonoscopia, essenciais para a detecção precoce.
Vale destacar que a colonoscopia é recomendada para a população sem sintomas, com o objetivo de prevenir um câncer colorretal a partir dos 45 anos e repeti-lo a cada 10 anos.
Possíveis causas para os pólipos no intestino
As causas dos pólipos intestinais não estão totalmente esclarecidas. No entanto, alguns fatores estão associados a esse problema de saúde. Entre eles, estão:
- Predisposição genética.
- Idade avançada.
- Inflamação crônica no intestino devido a uma doença inflamatória intestinal (como a colite ulcerativa ou a doença de Crohn).
- Dieta pobre em fibras e rica em gorduras.
- Sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool.
- Síndromes genéticas, como a polipose adenomatosa familiar.
Diagnóstico de pólipos no intestino
O diagnóstico ocorre após avaliação médica, exames de rastreamento e procedimentos endoscópicos.
A colonoscopia é o principal exame que detecta os pólipos. Neste exame de rastreamento, um tubo flexível com uma câmera na extremidade é inserido no cólon para visualizar a mucosa intestinal. Se forem encontrados pólipos, pode ser preciso removê-los durante o procedimento.
Além disso, o especialista pode solicitar uma sigmoidoscopia, que é um exame semelhante a colonoscopia, mas que visualiza a parte inferior do cólon e exame de fezes ocultas.
Em alguns casos, exames de imagens, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética são indicados para obter imagens detalhadas do cólon e identificar a presença de pólipos.
Por fim, pode ser necessário realizar uma coleta de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial e determinar se o pólipo é benigno ou canceroso (biópsia).
Riscos que os pólipos no intestino podem trazer
De forma geral, os pólipos são benignos e não oferecem riscos à saúde. No entanto, alguns podem se transformar em câncer colorretal. Geralmente, isso ocorre se não forem detectados e removidos precocemente.
Pólipos maiores podem causar sangramento no intestino e, se a perda de sangue for abundante, há o risco de causar anemia.
Além disso, pólipos grandes aumentam o risco de obstrução intestinal, interferindo no fluxo normal de alimentos e fezes pelo cólon.
Em casos mais graves, há a necessidade de uma cirurgia para remover parte do cólon.
Formas de tratamento
A escolha do melhor tratamento varia de acordo com o tamanho e tipo dos pólipos, além da quantidade deles. Geralmente, ocorre a remoção dos pólipos (polipectomia), principalmente durante a colonoscopia.
Em casos de pólipos maiores, há a opção da ressecção endoscópica, ou seja, a remoção de uma porção maior do tecido em que se encontra o pólipo.
Em situações mais complexas, como quando há pólipos grandes ou múltiplos, uma cirurgia pode ser necessária para remover uma parte do cólon.
Após a remoção dos pólipos, é comum que o indivíduo precise realizar um acompanhamento regular com exames de rastreamento, como a colonoscopia, para verificar se novos pólipos se desenvolveram.