Tenossinovite de Quervain: condição é mais comum entre as mulheres

Tenossinovite

A Tenossinovite de Quervain é uma inflamação nos tendões localizados no dorso do punho, que se estende até o polegar. Essa condição provoca dor e inchaço na região, o que dificulta os movimentos simples. Continue a leitura para entender as causas, sintomas, tratamentos e como prevenir essa condição. 

 

Tenossinovite de Quervain: o que é?

A Tenossinovite de Quervain é um tipo de tendinite dos tendões do polegar e do punho, que pode causar dor intensa e dificuldade nos movimentos, prejudicando atividades diárias, como segurar objetos ou escrever.

Embora qualquer pessoa possa ser afetada, essa inflamação nos tendões e punhos é mais comum em mulheres na gravidez e no pós-parto, devido a fatores hormonais e ao esforço repetitivo de atividades como amamentação e carregar o bebê, que sobrecarrega os tendões da região.

 

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O que causa a Tenossinovite de Quervain?

A principal causa da Tenossinovite de Quervain é o uso excessivo dos punhos e das mãos. Atividades como digitar, carregar objetos ou realizar atividade física que exige esforço do polegar podem sobrecarregar os tendões, causando inflamação.

A Tenossinovite de de Quervain é mais comum em mulheres de 30 a 50 anos devido a fatores hormonais, biomecânicos e ocupacionais. Durante essa fase, muitas mulheres enfrentam mudanças hormonais que podem afetar os tecidos conjuntivos e tendões.

Além disso, atividades repetitivas, como cuidar de bebês (movimentos de elevação e torção), tarefas domésticas e profissões que envolvem esforço manual, são mais prevalentes nesse grupo, aumentando o risco de sobrecarga nos tendões do punho.

 

Sintomas da Tenossinovite de Quervain

Os principais sintomas da Tenossinovite de Quervain são:  

  • Dor na lateral do pulso ou na base do polegar, que pode irradiar para o antebraço. 

  • Inchaço na região afetada. 

  • Sensibilidade ao toque no local da inflamação. 

  • Dificuldade em mover o polegar ou realizar atividades que exigem força nas mãos, como segurar objetos ou escrever. 

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da Tenossinovite de Quervain é realizado por um ortopedista ou reumatologista, que examina os sintomas e faz uma avaliação física.

A manobra de Finkelstein, que consiste em flexionar o polegar e dobrar o punho para o lado oposto e verificar a presença de dor, também é frequentemente utilizado para confirmar a condição.

Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia do punho, ressonância magnética ou tomografia, podem ser recomendados para excluir outras doenças ou analisar a extensão da inflamação.

 

Tratamentos para a Tenossinovite de Quervain

O tratamento da Tenossinovite de Quervain depende da intensidade dos sintomas e pode envolver diferentes abordagens: 

  • Repouso e imobilização: o uso de órteses para imobilizar o punho e o polegar ajuda a reduzir a pressão sobre os tendões inflamados e promove a recuperação. 

  • Medicamentos anti-inflamatórios: são usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação. 

  • Fisioterapia:  é recomendada para alongar os tendões e melhorar a amplitude de movimento. 

  • Injeções de corticosteroides: em casos mais graves, essas injeções podem ser usadas para reduzir rapidamente a inflamação. 

  • Cirurgia: embora seja rara, a cirurgia pode ser necessária quando outros tratamentos não têm efeito, para liberação dos tendões. 

 

Formas de prevenir a Tenossinovite de Quervain

A prevenção da Tenossinovite de Quervain envolve adotar práticas que ajudem a reduzir o estresse nos tendões e articulações do punho.

Isso inclui fazer pausas regulares durante atividades repetitivas, realizar alongamentos e exercícios de fortalecimento dos tendões, além de evitar movimentos que coloquem sobrecarga ou pressão constante sobre o polegar e os tendões do punho.

 

Qual médico procurar?

Ao apresentar sintomas de Tenossinovite de Quervain, a recomendação é procurar um ortopedista ou reumatologista para uma avaliação.

Esses especialistas são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de doenças musculoesqueléticas e podem analisar a queixa e gravidade da condição.

 

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Fonte: Dra. Danieli Castro de Andrade - Reumatologista e assessora científica de Dasa.